A Louca (O)

Alouca

“It’s important to live life with experience, and therefore knowledge, of its mistery and of its own mistery. This gives live a news radiance, harmony, splendor” (Joseph Campbell)

A Louca caminha rumo ao abismo, acompanhada por um cão, carregando apenas uma pequena mala e uma rosa branca. Vemos as montanhas geladas no fundo e um sol branco iluminando suas vestes coloridas. Ela joga seu corpo com suavidade e leveza, deixando que a brisa do alto da montanha contagie seus instintos. O entusiasmo a envolve, numa atmosfera de movimento e entrega. O que esperar de um novo começo?

A Louca está pronta para se arriscar, pois aventuras incríveis a aguardam na jornada que emerge nesse cenário divino. Ela sabe que não precisa de muitas coisas para levar e assim liberou aquilo que não era necessário para sua caminhada. Deixou seus velhos pertences para trás numa explosão de liberação. Por isso, está leve, carregando apenas o que é necessário em sua mala. Está pronta. Entrega-se para seu destino com os pés firmes na terra. A rosa branca em uma de suas mãos lhe lembra sobre o equilíbrio do mundo e da vida que floresce a cada instante. Em breve, a rosa morrerá, seguindo o fluxo do ciclo de nascimento e morte.

A Louca escolheu uma roupa que também lhe mostra os ciclos da vida, as eternas idas e vindas, simbolizadas por vários círculos. Mas ela sabe que está apenas no começo, o branco da rosa e do sol revela-na uma tela vazia à ser colorida. Por isso, A Louca se enfeita com uma lapela no formato de uma rosa vermelha que lhe emana a paixão pela vida que floresce. A pena em sua cabeça manifesta a clareza mental que ela precisa para que o caminho se abra e avance, sempre com leveza. O coração apaixonado pela vida está, assim, alinhado com a razão, esclarecida pela força de ação.

A Louca olha para o céu, porque sabe que nem ali ela pode encontrar o limite para seus poderes internos e ela nem dá importância para o cachorro que está ao seu lado, porque ela sabe que sua lealdade é eterna mas que aquele momento é apenas dela. Ela se concentra em si mesma, tendo a clareza que seus amigos fiéis sempre estarão lhe rondando e lhe dizendo adeus, olá, ou aconselhando sobre as profundezas do abismo. A Louca sabe que ela deve confiar em sua voz interior e não nos latidos ao seu redor. Afinal, o sol branco a ilumina, indicando que ela está em segurança e proteção divina, porque está em contato com sua essência. O desconhecido a aguarda e ela não tem medo.

Ela é a expressão do vazio, como a taça que libera espaço para só então ser preenchida. Sua vida se equilibra nos quatro elementos ar, fogo, terra e água, representados pela brisa do alto da montanha e a pena, pelo o sol, pela montanha abaixo dos seus pés e pelas montanhas de gelo distantes… que venha a bem-aventurança.

Palavras-chave:

Entusiasmo; Novos ciclos; A jornada; Inícios; Arriscar-se; Entregar-se para a vida; Força de Ação; Confiança no desconhecido; Juventude; Conexão Divina; Chamado; Jornada da Heroína; Viagens; Bem-Aventurança; Novas fases; Expansão de Horizontes; Liberdade; Viver a alegria de ser; Impulso; Acreditar; Conexão com sua verdade

Frase de poder:

“Os quatro elementos se equilibram no meu ser. A luz resplandece meu caminho. Me conecto com minha essência e sigo em frente. Sou leve. Sou feliz. Estou pronta”.

Livros Utilizados:

Tarô, Espelho da Vida de Mario Montano, publicado em 1984

O Poder do Mito, entrevista de Bill Moyers com Joseph Campbell, publicado em 1988

Sites Consultados:

Truly Teach Me Tarot

LearnTarot

PRÓXIMA CARTA: O MAGO

A Sacerdotisa (1)

Leave a comment